Pico Paraná - No frio do topo do sul do Brasil

Aproveitando a ótima previsão do tempo que teríamos para o fim de semana, resolvemos unir o útil ao agradável: fazer uma aventura bacana e tentar reunir a galera da aventura que anda meio debandada.

Disparei um e-mail pra toda a galera adventure, convocando a todos para subir o Pico Paraná, e refazermos uma das nossas primeiras aventuras, quando começamos com essas "maluquices".

Só que as respostas não foram bem o que esperávamos. Alguns já tinham compromissos, outros disseram que achavam não ter pique para uma aventura deste porte, e pior, alguns nem o e-mail responderam. Acho que pra reunir esse povo todo de novo, só fazendo um churrasco agora... hehehe.

Bem, no fim iríamos apenas eu e a Jé mesmo, até que o Alysson respondeu dizendo que estaria mais uma vez na aventura com a gente. Depois dos perrengues na pedalada pra Guaraqueçaba, ele parece mesmo ter gostado das aventuras.

Saímos cedo de casa, rumo à fazendo do PP e logo iniciamos a trilha debaixo de um céu de brigadeiro e um lindo sol, sem nenhuma nuvem no céu. O tempo aquele fim de semana prometia mesmo estar impecável!

Logo de cara encaramos "morro da desistência" e no fim dele encontramos o João indo para o Caratuva com uma turma bem grande. Ele havia respondido o e-mail dizendo que não poderia ir ao PP por já ter combinado com o pessoal do trabalho de subir o Caratuva. E não é que nos encontramos no meio da trilha! Foi a deixa pra uma pausa, um bom papo e algumas fotos, claro!

Seguindo, entramos no "vale das raízes", um dos trechos em que caminhamos mais devagar por termos que subir e descer raízes e pedras de árvores. A mata é bem fechada e podemos apreciar e sentir a mata atlântica e suas lindas bromélias pelo caminho.
Etapa vencida, partimos para o acampamento 1, onde paramos para um descanso e um lanche: frutas, suco e bolachas. Depois do Acampamento 1, enfrentamos a parte mais difícil da trilha, uma parede quase vertical, com grampos em alguns trechos e em outros sem grampo, escalando pela pedra. Mas após superar este trecho difícil, tem-se uma das melhores vistas de toda a trilha. Um vale incrível que parece mais uma pintura!

Alguns metros depois já fica o acampamento dois, onde algumas barracas já estavam montadas, mas mesmo assim, resolvemos arriscar subir com as mochilas e acampar no cume. No cume do PP há pouco espaço para barraca, sendo assim, quando lá em cima estes espaços já estão ocupados, temos que voltar ao Acampamento 2 para pernoitar.

Para garantir um lugarzinho no cume, eu fui na frente num ritmo mais puxado e chegando lá, nosso lugarzinho estava garantido. Tratei de armar logo a barraca e voltei para acompanhar o final da subida dos dois.

Chegando todos lá em cima, foi só tirar as botas e deitar na pedra pra dar aquela merecida relaxada enquanto esperávamos o por do sol.

Não demorou muito e tivemos uma pintura no céu, com aquele por do sol magnífico. Pena que fotos ou vídeos não consigam representar realmente o que nós víamos lá ao vivo!

Logo que o sol se põe, o frio toma conta rapidinho e a temperatura cai drasticamente! Pra se ter ideia, assisti o por do sol com uma só blusa, assim que o sol se pôs, coloquei mais uma blusa, uma jaqueta grossa, luvas e gorro, e ainda assim estava com bastante frio. Pela manhã um rapaz que tinha termômetro disse que durante a noite chegou a 5,3 graus negativos! O jeito foi entrar na barraca e começar a preparar o jantar. Um sopão bem quente pra esquentar aquela noite gelada!

Depois do comermos, eu e o Alysson saímos da barraca e fomos bater um papo com um pessoal que estava nas barracas ali perto, enquanto a Jé ficou na barraca descansando. Em meio ao papo e as risadas com os caras, ouvimos a Jé dar um grito! Havia um rato na porta da barraca mexendo na panela que havíamos cozinhado a sopa. Aposto que como grito o coitado do rato desceu até a fazendo em alguns minutos, hehehe.

Antes das 6 da manhã o pessoal que estava no A2 começou a chegar ao cume pra ver o sol nascer. Com isto, acordamos e nos juntamos a eles pra curtir aquele momento único.

Mais uma vez foi uma pintura. Diferente do Caratuva, este amanhecer estava limpo, sem nenhuma nuvem, e pudemos assistir o astro rei surgindo devagarzinho no horizonte e esquentando nossa manhã!

Após isto, foi preparar um café bem quentinho e começar a arrumar as coisas pra descer.

Aos amigos que não foram, esperamos que na próxima consigamos juntar a galera adventure de novo!

Ao amigo Alysson, mais uma vez valeu pela companhia e pelas risadas!!!