quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Estrada da Limeira

No último domingo resolvemos fazer um pedalzinho forte pela Estrada da Limeira. 
Já fazia algum tempo que planejávamos este pedal nós e o Vinicius, e não queríamos adiar mais uma vez. Tinha que ser este ano, e foi!!!
Aproveitando a previsão do tempo que seria de muito sol (não sei se isto seria bom ou ruim), caímos na estrada as 7 da matina e desta vez a turma teria dois novos parceiros, o Eduardo e a Mariana.
O trajeto de inicio foi pela BR-277 até a segunda entrada de Morretes, onde então entramos numa estrada de terra que liga Morretes à Garuva, a Estrada da Limeira.





No início da estrada o sol já estava de rachar e o calor era escaldante. Desde o inicio da estrada de terra encaramos um subida leve que aos poucos iria ficando cada vez mais ingrime. Em poucos quilômetros esta subida ficou muito forte e teríamos de encarar a parte mais assustadora desta estrada. São apenas 3 quilômetros de subida forte, mas é tão ingrime que em alguns momentos a pneu de trás derrapa, a bike não sobe e a gente quase cai da bike. Como estávamos próximos do meio dia, a dificuldade era ainda maior pelo intenso calor.
Apesar da dificuldade, superamos bem a ascensão de quase 500 metros e depois foi só curtir a longa e relaxante descida de mais de 10 quilômetros.







Logo no fim da descida cruzamos pelo primeiro rio. Aí já viu né, calor e rio é uma combinação perfeita! Ficamos um longo tempo relaxando na água.
Difícil mesmo foi sair do rio e pegar a estrada de volta. Mas como ainda faltavam uns 50 quilômetros até Garuva, subimos nas bikes e continuamos o pedal.
O sol continuava castigando e parávamos pra pedir água em várias casas no caminho. Encontramos até algumas bananeiras com bananas maduras na beira da rua. Uma delícia! Enchi meu alforje de bananas pra todo mundo!!!















No fim da tarde chegamos a Garuva bastante cansados depois do longo pedal em meio a muitas risadas, muita natureza, rios de águas cristalinas, muita, mas muita banana e um sol de rachar!
No fim das contas foram cerca de 150 quilômetros de muito pedal e muita diversão com a galera da aventura.

Agradecemos a companhia dos amigos Vinicius, Eduardo e Mariana e agora é planejar uma nova data pra fazer este pedal de novo, pois o lugar merece uma nova visita!!!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Caverna do Diabo e PETAR

Enfim, o posto demorou, mas saiu!!!

Aproveitando o único feriado que teríamos neste segundo semestre, aproveitamos para conhecer um lugar que alguns amigos já haviam nos falado e outro lugar que ainda era desconhecido pelo nossa turma de aventureiros.

O primeiro destes dois é a Caverna do Diabo, lugar bastante turístico e conhecido da região sul de São Paulo.

Também conhecida como Gruta da Tapagem, a Caverna do Diabo é a maior caverna existente no estado de São Paulo e está localizada no Parque Estadual de Jacupiranga, município de Eldorado Paulista.
Desde sua descoberta, há mais de 50 anos, sua história é povoada pelas mais incríveis lendas. A caverna não é totalmente aberta à visitação pública. Dos 6.500 metros de extensão, apenas 700 metros estão livres para os turistas. Esta área dispõe de sistema de iluminação artificial, passarelas, escadas e corrimãos.

A entrada da caverna fica a 500 metros de altitude e, lá dentro, o cenário é surpreendentemente lindo. Curiosas estalactites, estalagmites, cortinas de pedras e cascatas de calcita intrigam especialistas e turistas que tentam desvendar os mistérios do lugar. As estalactites se formaram com a penetração da água no solo e, posteriormente, na camada de calcário, até atingir o teto da caverna. As estalagmites se elevam do solo, numa proporção estimada em um centímetro cúbico a cada 10 anos, o que justifica a preocupação dos guias e guardas da caverna com a degradação de seu interior.

As formações mais interessantes podem ser vistas no salão conhecido como Catedral. A beleza do lugar dá asas à imaginação. Talvez, por isso, algumas dessas formas ficaram eternizadas com nomes um tanto quanto estranhos: Cabeça de Ema, Guardião, Galeria dos Órgãos, Pia Batismal, Branca de Neve, Cemitério dos Índios, Perfil de Buda, Reis Magos, Templo Perdido, Caldeirão do Diabo, Torre de Pisa...
Passando por esta galeria atinge-se um lago de águas represadas do Ribeirão das Ostras. À direita está o setor superior, aberto aos turistas. E descendo, à esquerda, acredita-se que há um incrível e sinistro labirinto com cerca de cinco mil metros de corredores e galerias subterrâneas na mais profunda escuridão. Neste trecho, que conduz ao centro da Terra, é proibida a entrada, pois, segundo a lenda, o diabo percorre diariamente esse caminho.





















Saindo da Caverna do Diabo, seguimos mais uns 50km sentido Oeste de São Paulo para conhecermos a região do PETAR. Chegamos lá no fim da tarde, e fomos procurar um lugar para acampar e buscar informações para no outro dia conhecer algumas cavernas dali.
Nos informaram que para visitar qualquer caverna teríamos que arrumar um guia, entrando em contato com uma agencia de turismo. Fomos a uma agencia e descobrimos que um guia iria nos custar R$110,00 por pessoa. Isso era muito mais caro do que imaginávamos e até desanimamos de conhecer alguma caverna. Como já estávamos ali, com a barraca montada e morrendo de fome, fomos a uma lanchonete tomar uma cerveja gelada e comer algo para coroar aquele dia maravilhoso.

Enquanto bebíamos uma cerveja e comíamos um pastel (este foi nosso almoço às 5 da tarde), vi um cara sentado sozinho numa mesa e disse para a Jéssica: "Esse cara ali tem jeito de guia. Vou lá falar com ele!" Cheguei perto do cara e puxei assunto perguntando se ele era guia local. Em pouco tempo estávamos os três bebendo cerveja, contando histórias e dando risadas juntos. Ele realmente era guia, seu nome era Rodrigo e estava com um grupo de três pessoas para visitar as cavernas do Núcleo Ouro Grosso no outro dia. Perguntamos se não podíamos entrar neste grupo e quanto ele cobraria. Rodrigo disse que podíamos entrar sim e nos cobraria R$100,00 para nós dois, e estava incluso a visita em duas cavernas e mais um bóia-cross! Fechou o caroço!!! Depois dessa notícia até pagamos umas cervejas a mais pro Rodrigão!!!






O PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) está localizado entre as cidades de Apiaí e Iporanga. O parque possui mais de 300 cavernas, dezenas de cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais e quilombolas, sítios arqueológicos, paleontológicos... é realmente um verdadeiro paraíso escondido entre vales e montanhas e na maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil.

As cavernas existentes oferecem vários níveis de desafios. Há desde cavernas com enormes rios, com escaladas, mergulhos e rapeis à cavernas com estruturas turísticas, como escadas, passarelas e pontes.
Existem no parque Quatro Núcleos de Visitação, todos possuem a finalidade de facilitar o controle dos visitantes e de proteger de forma mais organizada esse rico patrimônio. 

Núcleo de Santana: é o mais visitado do PETAR e onde estão algumas das principais cavernas, como Caverna de Santana, Caverna do Morro Preto e Caverna da Água Suja. Além de cachoeiras magníficas como: Cachoeira das Andorinhas, Betarizinho e Couto. A visita a este núcleo leva um dia inteiro, e como não programamos nada antecipadamente, nossa visita a este núcleo terá de ser em outra oportunidade, com certeza.

Núcleo Ouro Grosso: está localizado junto ao Bairro da Serra. Tem como principal atrativo a Caverna do Ouro Grosso, considerada por muitos a caverna mais difícil de se fazer do PETAR e a Caverna do Alambari de Baixo. E seria nestas duas cavernas a nossa aventura!
Diferente da Caverna do Diabo, as cavernas do PETAR são muito mais aventura! Não tem escada, corrimão e luz artificial. É só você, um capacete, uma lanterna e a caverna nua e crua! Bem mais a nossa cara né!!!

Na Caverna Ouro Grosso tivemos que rastejar já para entrar na caverna, que apesar de ser curta, termina em uma linda e gelada cachoeira dentro da caverna! As passagens são todas estreitas e muitas aranhas esquisitas enfeitam as paredes da caverna.

Depois fomos para a Caverna Alambari, esta era mais aberta com salões grandes e a entreda era enorme. Lá dentro tivemos que passar deitados e rastejando em buracos de cerca de 40cm de diametro que davam acesso de uma sala para outra. Descemos escorregando pelas pedras e ainda tivemos que caminhar com água na altura do peito e o teto a uns 30cm das nossas cabeças! Aventura ao extremo! Foi demaaaais!!!






















Depois das visitas nas cavernas ainda fizemos um boia-cross muito legal, que deixa o de Morretes no chinelo. Enfim, o fim de semana inteiro foi um show! Cavernas, rios, cachoeiras e aventura! Ta bom ou não tá?!