Acordamos muito bem depois da noite de descanso e tomamos aquele café da manhã delicioso do hotel enquanto batíamos um bom papo com a mãe da Andressinha!
O dia prometia ser mais um daqueles escaldante, com sol de rachar. Saímos cedo para evitar um pouco este sol forte e ainda no hotel nos informaram que teríamos de subir uma serra para chegar até Porto Xavier, cidade de fronteira com a Argentina. Serra que segundo eles, até os carros penavam pra subir.
Antes de sairmos, a dona do Hotel nos deu uma garrafa de dois litros de água congelada e como já de manhã o sol estava muito forte, dizíamos que aquela garrafa era nossa ostentação do dia (acho que o sol já começava a fazer mal pra nossas cabeças, hehehe).
Pela manhã tivemos paisagens incríveis para abrilhantar nossa pedalada. No início era a mesma estrada ruim do dia anterior, mas em poucos quilômetros chegamos a RS-392, com asfalto impecável e acostamento perfeito!
O dia prometia ser mais um daqueles escaldante, com sol de rachar. Saímos cedo para evitar um pouco este sol forte e ainda no hotel nos informaram que teríamos de subir uma serra para chegar até Porto Xavier, cidade de fronteira com a Argentina. Serra que segundo eles, até os carros penavam pra subir.
Antes de sairmos, a dona do Hotel nos deu uma garrafa de dois litros de água congelada e como já de manhã o sol estava muito forte, dizíamos que aquela garrafa era nossa ostentação do dia (acho que o sol já começava a fazer mal pra nossas cabeças, hehehe).
Pela manhã tivemos paisagens incríveis para abrilhantar nossa pedalada. No início era a mesma estrada ruim do dia anterior, mas em poucos quilômetros chegamos a RS-392, com asfalto impecável e acostamento perfeito!
Sabíamos que estávamos perto da serra para subir, mas antes de chegar meu freio começou a fazer um barulho estranho. Era hora da primeira manutenção na bike! Trocamos as pastilhas de freio e tudo voltou ao normal!
Depois de uma longa reta avistamos a primeira placa que indicava longo trecho em aclive. Paramos para descansar um pouco antes de começar a subida, bebemos um pouco de água a partimos pra cima!
Esperávamos uma longa subida de muitos quilômetros, mas ela durou só três quilômetros e no fim acabamos dando risada da "subida que até os carros penava pra subir".
Após a subida veio uma boa descida que terminava na cidade de Porto Xavier, onde iríamos pegar uma balsa para entrarmos na Argentina.
Depois de uma longa reta avistamos a primeira placa que indicava longo trecho em aclive. Paramos para descansar um pouco antes de começar a subida, bebemos um pouco de água a partimos pra cima!
Esperávamos uma longa subida de muitos quilômetros, mas ela durou só três quilômetros e no fim acabamos dando risada da "subida que até os carros penava pra subir".
Após a subida veio uma boa descida que terminava na cidade de Porto Xavier, onde iríamos pegar uma balsa para entrarmos na Argentina.
Antes da balsa compramos alguns tomates e cebola para fazer o almoço do lado lado argentino, já que iríamos cruzar a balsa ainda pela manhã. Mas na fronteira, havia uma placa em espanhol dizendo que não era permitido cruzar com produtos de origem vegetal ou animal para a Argentina. O que acham que fizemos? Sim! Entramos ilegalmente na Argentina com produtos proibidos: uma cebola e dois tomates!
O que achamos um pouco caro foi o preço da balsa, custava R$10,00 para bicicletas e R$36,00 para carros, para fazer uma travessia que não dá metade da travessia Caiobá-Guaratuba! Mas tivemos que pagar e atravessamos!
Na alfandega argentina uma mulher extremamente chata e mal humorada nos atendeu e não se esforçou nenhum pouco pra nos ajudar a preencher a papelada. Ela era grossa e falava conosco tão rápido e tão grosseira que não entendíamos quase nada do que ela dizia. Depois de um bom tempo de nervos a flor da pele dela e da Jé, conseguimos entrar no país dos hermanos!
No início tudo era novo, placas e letreiros em espanhol, moeda diferente, custo das coisas diferente. Para mim era muito divertido estar em um lugar "estranho" mas para a Jéssica foi um pouco diferente, ela estava bastante receosa e com um pouco de medo de tudo, apesar de ela falar espanhol muito bem e muito melhor que eu!
Saindo da cidade de San Javier, começamos a procurar uma sobra para fazer almoço, mas estava difícil de encontrar. De repente passamos por um quartel do exército argentino, cheio de árvores e sombras chamativas!
Em frente ao quartel havia um tanque de guerra onde paramos para tirar umas fotos, quando do nada surge um cara com roupas militares! Era o Sargento Pires! Ele tirou fotos para nós em frente ao tanque e disse que poderíamos fazer almoço ali na sombra das árvores sim! E se alguém dissesse algo, era só falar que o Pires nos permitiu ficar ali!
Muitas pessoas passaram por ali e todos ficavam olhando com cara de curiosos, mas nenhum deles parou ou disse algo.
O sol estava fortíssimo desde a manhã, e a tarde o calor era ainda pior! Foi muito desgastante chegar à Leandro Além, e dali não iríamos passar naquele dia, pois o cansaço já batia forte!
Passamos por dois postos de gasolina e pedimos para acampar, mas nos dois o pedido nos foi negado. Algo que nunca nos aconteceu antes, pois postos de gasolina sempre tem caminhoneiros que dormem por ali e sempre somos muito bem recebidos nos postos brasileiros. Mas outro país, outra cultura.
A Jé já demonstrava muito cansaço e disse a ela pra não desanimar e ter fé que iriamos conseguir um lugar bem legal pra passar a noite! E aconteceu algo muito melhor que isso...
Nos afastamos um pouco da cidade de Leandro Além e quando encontramos uma casa parei para pedir água. Conversando um pouco mais com o dono da casa, contamos nossa história, que estávamos vindo do Brasil e iríamos para Foz do Iguaçu, que o calor estava muito forte e já estávamos bastante cansados. Então pedi a ele se havia algum lugar por ali onde poderíamos armar nossa barraca. A resposta foi a que mais gostaríamos de ouvir: "Podem montar a barraca no quintal de casa, tem um gramado ótimo ali pra vocês!"
Os donos da casa se chamavam Carlos e Norma. Eles moravam com mais um filho e a mãe de Carlos, uma senhora de uma simpatia sem igual! Ela aparentava já ter mais de 80 anos, caminhava com um pouco de dificuldade, mas fazia de tudo pela casa! Ela nos deu bolachinhas de natal que ela mesmo preparou, uma delícia sem igual! Passamos algumas horas conversando com ela sobre vários assuntos diferentes!
Carlos e Norma eram um casal muito bacana. Pudemos desfrutar de boas conversas e um ótimo mate amargo (que a Jé achou amargo demais!).
Tivemos uma noite maravilhosa de descanso, e pela manhã, mais mate amargo! Eles não tem costume de tomar café, apenas o mate!
Pela manhã, a mãe do Carlos disse que estava triste por termos dormido na barraca, ela disse que deveríamos ter dormido dentro da casa deles. Olha que amor de pessoa aquela senhora! Tem coisas que só uma viagem de bicicleta nos faz viver mesmo!