quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Missões - Foz do Iguaçu - Parte 2

Depois de uma noite com uma baita chuva e ventos que pareciam que iriam levar a barraca voando, levantamos cedo, antes dos turistas chegarem, para desocupar o centro de visitantes.
Agradecemos aos vigias noturnos que nos permitiram dormir por ali e partimos para a estrada, já que a chuva tinha dado uma trégua pela manhã.





Nosso primeiro objetivo era voltar para a rodovia principal, onde havíamos pedalado no dia anterior. Eram quase 20km até a rodovia e o tempo estava fechado, mas sem chuva. Quando estávamos a uns 500 metros da rodovia, bem próximo ao portal, a chuva apareceu com uma força terrível acompanhada de uma ventania muito forte!
Corremos para debaixo do portal para se esconder da chuva e ali ficamos por um tempo. Como a chuva não parava e a cerca de 500 metros havia um posto de gasolina, decidimos colocar as capas de chuva e encara-la até o posto! 
Quando fomos colocar as capas, a Jé viu que a dela estava com o zíper quebrado. Na verdade as capas de chuva foram lavadas antes de viajarmos e provavelmente nossa cachorra Kiwi comeu o zíper da capa da Jé. Mas nada de preocupações, pois nosso instinto MacGiver brotou e resolvemos o problema com abraçadeiras de plástico.
Chegamos no posto de gasolina ensopados, mesmo com as capas de chuva!




Ficamos no posto por um longo tempo, esperando a chuva passar, mas a chuva não passava e quando ela deu uma pequena diminuída, decidimos sair com as capas de chuva. A chuva durou por muitas horas de pedalada, mas depois do calor que fez no dia anterior, era uma benção pedalar com a chuva refrescante.
Pedalamos pela rodovia principal até a cidade de São Luiz Gonzaga, onde pegamos uma estrada secundária que nos levaria até a Roque Gonzales.
A estrada era horrível! Cheia de buracos pelo asfalto e sem acostamento. Mas pelo menos o transito era moderado e quase não passavam caminhões.
Os campos de soja e milho tomavam conta da paisagem e em uma dessas plantações até roubamos algumas espigas para comer pelo caminho.





Chegamos na cidade de Roque Gonzales no fim da tarde, molhados e imundos!
Decidimos então procurar um hotelzinho barato pela cidade.
Encontramos um hotel e uma surpresa ainda nos esperava por lá.
Quando chegamos na cidade, ela parecia deserta. Quase não haviam pessoas na rua e em quase todos os lugares de comercio as pessoas estavam vendo televisão. Em pouco tempo descobrimos que estavam todos assistindo a final do campeonato de futebol feminino entre Brasil e EUA.
A meia atacante da seleção Andressinha era da cidade de Roque Gonzales e o hotel onde estávamos era dos pais da Andressinha, Adriana e Elizeu. A cidade inteira estava parada para assistir o jogo e ver a Andressinha jogar.
O restaurante do hotel é forrado por troféus, medalhas e posters da jogadora e seus pais nos contaram da dificuldade que é o esporte em nosso país, onde apenas o futebol masculino é valorizado.


A noite saímos para comer uma pizza numa lanchonete ao lado do hotel.
Os sabores das pizzas eram um sarro:
Frango: Frango, Millho, Ervilha e Queijo
Calabresa: Calabresa, Millho, Ervilha e Queijo
Strogonoffe: Carne moída, Millho, Ervilha e Queijo
Napolitana: Frango com Requeijão, Millho, Ervilha e Queijo
Resumindo, todos os sabores eram alguma coisa com Millho, Ervilha e Queijo. Mas a pizza era muito boa (ou nossa fome era muito grande!).

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