segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

CHUPIN 2012 - PARTE 6

Deixamos Palmares do Sul rumo à Mostardas, onde pretendíamos passar o réveillon. A estrada desde Palmares do Sul era muito tranquila, tudo muito plano, quase sempre com acostumento e quase nenhum movimento de veículos.


Como o calor era muito forte, antes do meio dia paramos num quiosque beira de estrada, o Quiosque do Gaúcho para tomar aquele delicioso suco de abacaxi gelado. O dono era mesmo um verdadeiro gaúcho, andava sempre piuchado, falava grosso e com aquela pinta de machão. Ele e sua esposa eram muito divertidos e atenciosos.
Como o calor era demais próximo do meio dia, ela estendeu um colchão na varanda da casa dela para que deitássemos e ficássemos ali até o sol baixar. Aproveitamos para tirar um cochilo, porém, eu caí num sono pesado, dormi umas 4 horas seguidas quando acordei a Jéssica já não estava mais ali comigo e os cachorros do Gaúcho estavam deitados em cima das minhas pernas. E eu pensando que ela ainda estava ali... 


Saímos do quiosque umas 4 horas da tarde e com muito vento a favor. Fazendo média acima dos 20 km/h chegamos rapidamente em Mostardas e fomos procurar um Camping pra passar a noite de réveillone também porque uma forte chuva estava se formando no céu.
Encontramos um Camping bem legal, montamos acampamento e fomos fazer uma janta bem gostosa. Logo depois disso entramos na barraca e por volta das 23:30h começou um espetáculo belíssimo de raios no céu, que nunca vou esquecer!  


Depois do show de raios, por volta das 23:50, começou a chover tão forte que a barraca chegava a envergar com as rajadas de vento que batiam nela. No meio da noite coloquei a mão no chão da barraca e senti que havia água embaixo da barraca, então abri a porta para ver se havia água acumulada para poder retirar a água. Mas para minha surpresa, quando abri a porta vi que todo o camping estava alagado, com uns 4 dedos de altura de água e nossa barraca estava ilhada!!! O jeito foi cair na risada, fechar a porta e tentar voltar a dormir.


Neste mesmo camping encontramos um cara muito bacana, o Pedro Jungle! Ele havia saído de Floripa e estava indo para Bariloche de bike. Já estava a dois meses na estrada e como nós, tinha muita história pra contar. Como na manha seguinte o dia amanheceu com garoa e muito vento contra, decidimos ficar no camping e passar o dia por ali com o Pedro batendo um bom papo. Aproveitamos para ir ao mercado, compramos carne, saladas e fizemos aquele almoço caprichado!


No fim do dia curtimos um por do sol incrível, o mais lindo de toda a viagem!!! A imagem era fantástica e rendeu inúmeras fotos lindas!!!



No dia seguinte pegamos estrada todos juntos, mas como o Pedro estava com muito mais peso que nós na bike, logo ele ficou pra trás. Encontramos de novo com ele em Tavares e depois não o vimos mais. Ao Pedrão, desejamos muita paz e muito sucesso em toda a sua viagem! Foi uma prazer enorme conhecê-lo cara!!! 



Passamos ainda por Bujurú e depois São José do Norte, onde pegamos uma balsa para atravessar para a cidade de Rio Grande. Como ninguém veio cobrar nada, não pagamos nada para atravessar a balsa, hehe.



Saindo de Rio Grande passamos pela primeira placa que indicava nosso destino, o Chuí!!! Faltavam agora apenas 231 km e era só alegria!!!


Quando fomos entrar na rodovia que vai ao Chuí passamos por uma placa que indicava que o próximo abastecimento era a apenas 100 km dali. Voltamos então até um posto de gasolina e nos informaram que dali pra frente não haveria mais nada até o Chuí, que entraríamos numa estrada bem deserta. Paramos em um mercadinho e nos disseram a mesma coisa. Decidimos então comprar mantimentos e álcool pro fogareiro para uns 2 dias, pois caso acontecesse algo no meio do caminho poderíamos acampar em qualquer canto e ficar tranquilos. Também achamos por bem arrumar um lugar pra acampar por li e sair no outro dia bem cedo para vencer esses 100 km, mesmo com vento contra.


Acampamos em um camping desativado, cujo dono foi bem legal. Ele permitiu que ficássemos ali, ligou o chuveiro elétrico e a luz dos banheiros que estavam desativados a mais de um ano e ainda não quis nos cobrar nada por isto. Depois disso foi só comer um delicioso abacaxi que havíamos comprado na estrada e dormir tranquilos num camping só nosso, pra no outro dia entramos na "desértica" estrada do Chuí.



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