sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

CHUPIN 2012 - PARTE 5

Após uma noite bem dormida seguimos por poucos quilômetros de asfalto e entramos novamente nas estradas de terra, agora com destino a Cambará do Sul. O lugar pra pedalar ela lindo, passamos pelo vale das trutas, rios e muita natureza. Até uma borboleta resolveu pegar carona na minha bike.


Mas uma coisa não era nada boa neste trecho até Cambará. A estrada!!!
Ela era horrível, com pedras enormes soltas, que tínhamos que ficar desviando o tempo todo. Sem contar que em algumas subidas era quase impossível pedalar, pois a bike derrapava muito e algumas vezes tínhamos que parar a bike e se segurar pra não cair. Dava até dó dos carros que passavam por ali, de tanto que sacolejavam!!!


Quando saímos pela manhã, as bolhas do braço da Jéssica haviam desaparecido, mas menos de uma hora pedalando no sol forte e elas reapareceram. Um grave erro nosso foi não ter levado nenhuma camiseta de manga comprida pra pedalarmos no sol.
Este trecho era razoavelmente curto, iríamos pedalar uns 50 km até Cambará, então resolvemos que iríamos parar durante o meio dia, onde o sol era mais forte. Sendo assim chegamos em Cambará no meio da tarde, procuramos um Camping e fomos rápido até lá para montar nosso acampamento, pois o tempo estava começando a se fechar e pretendíamos passar dois ou três dias para conhecer todos os Cânions por ali.


Quando chegamos ao Camping  começamos a tirar as coisas da bike e a chuva despencou do céu!!! Uma tempestade!!! Tivemos que montar a barraca debaixo de muita chuva, e quando conseguimos colocá-la em pé, ela já estava cheia de água dentro!!!
Usamos todas as roupas sujas pra secar a barraca por dentro e só depois de muito empenho, conseguimos deixá-la sequinha pra podermos esticar os isolantes, e assistir a chuva cair!!!


A chuva durou todo o resto do dia e toda a noite, então aproveitamos para fazer uma comida bem gostosa e descansar bastante.
O Camping era muito gostoso, ficava em uma pousada rural, então tinha ovelhas, búfalos, patos, cavalos, tudo solto no Camping. Era muito engraçado acampar ali ouvindo os béééééé das ovelhinhas o dia inteiro.


No outro dia acordamos cedo, mesmo com tempo ruim, para ir ao Cânion Itaimbezinho. Fomos até uma agencia de turismo para nos informar sobre os Cânions de Cambará. Fomos muito bem recebidos pelo pessoal da  Cânion Turismo, onde fizemos amizades bem bacanas com o pessoal de lá!!! Eles colocaram nossa história de viagem no blog deles, tiramos fotos juntos e nos mostraram uma réplica com todos os cânions, de uns 6 metros de comprimento, bem bacana, que eles têm na agência.


Apesar do tempo continuar fechado, fomos ao Itaimbezinho para matar a vontade louca de conhecer o Cânion!!! Mas ficamos só na vontade mesmo. O tempo estava bastante fechado e pouca coisa dava para ver. Conseguimos apenas ver a cachoeira das Andorinhas, e como estávamos com capas de chuva, parecia mais que estávamos em Foz do Iguaçu, do que em Cambará do sul, hehehe.




No outro dia ainda fomos ao cânion Fortaleza, mas o tempo estava ainda pior e não conseguimos ver absolutamente nada!!! 
A temperatura que beirava os 35 graus nos dias anteriores, agora estava abaixo dos 10 graus, a chuva não parava e o vento fazia a sensação térmica ser ainda mais baixa.
Como só tínhamos uma blusa e uma calça, o jeito foi ficar entocado na barraca até o tempo melhorar pra poder sair dali. Aproveitamos esse tempo pra ir ao mercado e comprar coisas diferentes para cozinhar, como omelete, brigadeiro...



Olhamos a previsão do tempo pelo celular e ela não era nada animadora, o tempo continuaria frio, fechado e com chuva nos próximos dias. Decidimos então que não daria mais pra esperar o tempo melhorar por ali e na manhã seguinte deixaríamos Cambará conforme o estivesse o tempo e seguiríamos para a Rota do Sol sentido litoral. E na manhã seguinte, com muita tristeza, deixamos Cambará do Sul, sem conhecer nenhum Cânion de verdade... :( 


Em Cambará do Sul terminaria nossa primeira etapa da viagem, a partir de agora seguiríamos apenas por estradas asfaltadas e planas, apenas pelo litoral gaúcho até o Chui. Descemos a rota do sol com muito transito, afinal era sábado da véspera de feriado e o trânsito para o litoral era intenso. Atravessamos túneis e pontes numa descida alucinante até Terra de Areia. De lá seguimos para Arroio Teixeira, nossa primeira praia gaúcha!!!



A partir daí foram muitos quilômetros de litoral, passando pelas famosas Tramandaí, Capão da Canoa, Cidreira... As praias não são lá muito bonitas, venta demais em praticamente todas as praias.



Depois de Cidreira fomos para Palmares do Sul, passando por um túnel verde de uns 3 km, bem bonito, onde as árvores que beiram a estrada dos dois lados são deitadas para a rodovia e se fecham sobre ela, formando assim o túnel.

 

Em Palmares do Sul procuramos por um lugar para acampar. Algumas pessoas nos disseram que poderíamos acampar na beira do rio, que muitas pessoas acampam por lá. Fomos conhecer o lugar e ficamos encantados. 
Encontramos um casal de idade acampado ali, eles estavam acampados fazia uma semana e enquanto o senhor pescava todos os dias com o filho no rio a senhora fazia comida e arrumava tudo no acampamento deles. Ela tinha de tudo na barraca, fogão, panela de pressão, liquidificador...
Conversamos por um bom tempo com eles, lavamos as roupas sujas, tomamos um banho bem gelado de aguá de poço e fomos dormir.


Este foi, sem dúvida, o acampamento mais rústico que fizemos, mas foi o melhor de toda a viagem!!! Pela foto aí debaixo dá pra imaginar o porquê...



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